Modelo de sociedade, compra de cotas ou ações e outras estratégicas podem gerar melhores resultados para a empresa como um todo
Em
um cenário mercadológico altamente competitivo e volátil, as empresas enfrentam
constantes desafios que exigem profissionais capacitados e habilitados. Esses
profissionais estão envolvidos com projetos, prestam serviços essenciais e são
fundamentais na transformação de ideias em produtos concretos.
Por
isso, o capital humano se tornou um elemento crucial para o sucesso
organizacional, sendo reconhecido como o principal ativo dentro das empresas.
Nesse
contexto, surge a necessidade não só de atrair talentos capazes que agreguem
valor, mas também de retê-los dentro da estrutura empresarial. Para alcançar
esse objetivo, as empresas podem adotar estratégias e mecanismos jurídicos que
fortaleçam a retenção de talentos, como projetos específicos, cláusulas
especiais em contratos ou, até mesmo, contratos empresariais adaptados de
acordo com o contexto social.
Um
dos mecanismos jurídicos utilizados para a retenção de talentos é o Programa de
Partnership, instrumento que permite aos colaboradores se tornarem sócios da
empresa, oportunizando a aquisição de participação mediante o cumprimento de
requisitos específicos e desde que alcançados os resultados estabelecidos.
Outra
opção é o Vesting, um mecanismo de retenção que concede gradualmente aos
colaboradores o direito de compra de quotas ou ações, condicionado ao
cumprimento de condições estabelecidas e alcance de parâmetros temporais e de
performance.
Além
dessas estratégias, há outros mecanismos que podem ser adotados para maior
segurança do negócio. O Cliff, por exemplo, é um período de carência durante o
qual o beneficiário aguarda antes de ter direito à participação societária
definida no Vesting. Para proteger a empresa em situações de saída dos
colaboradores, podem ser utilizadas cláusulas como Good Leaver, para casos de
saída amigável, ou Bad Leaver, para situações de saída não amigável, devido a
algum descumprimento ou justa causa.
Esses
mecanismos visam transformar profissionais com habilidades específicas em
parceiros da empresa, promovendo um sentimento de pertencimento ao ambiente e
proporcionando oportunidades para alcançar determinadas posições na empresa.
Tal prática não apenas fomenta a competividade, mas também gera melhores
resultados para a empresa como um todo.
Independentemente
do mecanismo escolhido para retenção de talentos, é essencial que as empresas
compreendam como ele opera e os impactos decorrentes de sua implementação.
Ainda, é crucial avaliar a compatibilidade desses mecanismos com os interesses organizacionais
e as disposições do contrato social ou eventual acordos de sócios ou
acionistas.
Portanto,
é importante que as empresas definam de forma clara seus objetivos
empresariais, buscando a prevalência de seus interesses sociais inclusive por
intermédio de estratégias e mecanismos jurídicos adequados para a retenção de
talentos que possam agregar valor à empresa.
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